Dirigido por Liam Gavin
Um filme de terror diferente e ousado, sem dúvidas. A Dark Song é bastante lento, até mesmo no final, quando as coisas realmente pegam no tranco. Basicamente acompanhamos todo o processo de um ritual no qual uma mãe que perdeu seu filho quer ouvir a voz da criança mais uma vez. E o filme inteiro foca nesse procedimento. Então essa jornada é a questão aqui. Todo o arco da história mostra o passo a passo desse ritual super detalhado e cheio de especificidades. Para alguns pode dar sono. Mas o filme conseguiu me captar mesmo assim, gerando uma curiosidade de quando e como as coisas assustadoras vão realmente acontecer. E são poucas, bem poucas, mas conseguiram me arrepiar (algo não tão comum em filmes). Uma cena em específico que não apela para jump scares nem nada do tipo caso fosse feito por algum grande estúdio desses. É toda trabalhada na sutileza e na tensão silenciosa do momento. Vai ficar na minha cabeça por um bom tempo. O filme se baseia em dois personagens apenas e os atores fazem um bom papel. Nada muito incrível, mas competente. A trilha sonora é um grande acerto, com uns sons estranhos que adicionam e casam muito bem com o tema do filme. O sound design do filme é um dos grandes trunfos. Cada efeito sonoro, cada sussurro (clichê que eu mais detesto em filmes de terror, aqui muito bem utilizado), cada barulho no seu lugar, sem gritar no seu ouvido para te assustar. E o final, acho que pode ser um divisor de águas. Consigo entender quem achar ridículo assim como entendo quem achar excelente. Eu fiquei mais pro lado otimista da coisa. É um choque ao mesmo tempo que causa uma estranheza. Apesar de uma mensagem meio mela cueca, ainda que faça sentido dentro do arco da personagem principal, foi um bom tempo investido.
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