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🇺🇸 A Quiet Place (2018) 🌕🌕🌕🌕

Foto do escritor: Bruno SantiagoBruno Santiago

Dirigido por John Krasinski


Entrei numa sala de cinema às 23:10 de um sábado para ver um filme que indicaram assistir no total silêncio. A sala tava cheia. Tinham adolescentes em bandos. Já pensei nos meus R$17,50 jogados no lixo. Fiquei com raiva. Ninguém deu um pio durante toda a sessão. Sinal de que o filme soube comunicar direitinho o que queria. Induziu até os mais prováveis de estragar um filme desse tipo a ficarem quietos. Saí com um sorrisão de orelha a orelha do cinema.

O filme possui sim alguns jump scares extremamente desnecessários. Mas surpreendentemente eles funcionam. Havia muito tempo que não levava sustos grandes em filmes de terror mainstream. Já amei por ai. Duas falhas bem sutis no roteiro que eu acabei percebendo. Fora isso acho que é 10 em todos os aspectos.

Um roteiro excepcional que reflete diretamente na direção e fotografia. A construção sem pressa, super paciente da história, mostrando o mundo em que eles vivem, como as coisas funcionam, como eles desenvolveram todo o sistema do silêncio, tudo isso sem ser expositivo demais, é sem dúvida um dos grandes acertos. Te ajuda muito a se ambientar e sentir pânico com qualquer barulhinho que eles fazem. E as cenas de tensão (quase toda a terceira parte do filme) são tão, mas tão boas que a gente sua de nervoso e ao mesmo tempo sorri por ser tão bom. Daí vem a trilha sonora, que quando não utiliza o silêncio total de forma magistral, entra com um score absurdo de tenso. Aliás o design de som (aprendi o que é há pouco tempo) é outro ponto que ajuda a dar forma ao filme. Cada barulhinho é de extrema importância para a história em si. As criaturas também são um prato cheio para quem gosta desse tipo de filme. Perfeitas e ameaçadoras em todos os aspectos.

E claro, as atuações são todas muito inspiradas. Destaques para Emily Blunt que arrasa num nível forte ao ter que manter silêncio em momentos “desumanamente impossíveis” e ao - esnobado - Noah Jupe, que faz o filho. Ele foi uma das melhores coisas do filme Wonder, como o amiguinho Jackwill, e aqui me deixou mais chocado ainda. Como esse menino é bom! Tem um domínio total das emoções sem tirar o peso de características e reações infantis. Não é uma criança que quer ser adulta mostrando um super amadurecimento na tela. Ele é uma criança interpretando uma criança. Temos poucos assim hoje em dia.

Um filmaço de terror vindo de Hollywood em 2018. Isso dá esperanças de um futuro bacana pro gênero no meio desse remakes, prequels e mais do mesmo que temos em abundância por ai.

ASSISTAM NO SILÊNCIO! Se não souberem respeitar isso na sua sessão, já chega logo xingando. E claro, não sejam suicidas e procurem sessões vazias, diferente de mim, que me arrisquei, mas deu tudo certo no final.

PS: Rola uma leve homenagem a uma cena icônica de Jurassic Park, um dos meus filmes preferidos da vida. Qué dizê. Quer me ganhar lança uma homenagem.



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