Dirigido por Alex Lehmann
Aqui nós temos nada mais do que um filme de personagem, de ator. O principal objetivo de um “mumblecore” deve ser te convidar pra entrar naquele mundinho e fazer parte de todo aquele universo. Assim que esse subgênero funciona melhor. Aqui ele erra na mão pois não convida o público pra entrar logo de cara. Somos meros espectadores na primeira parte e encontramos algumas dificuldades para sermos puxados para dentro daquela história, muito rica por sinal.
A partir de um determinado momento as coisas ficam mais íntimas e a direção entende isso e joga a gente diretamente pra dentro, com um chute na bunda. É bem fácil dizer exatamente o ponto em que isso acontece. Daí pra frente é só acerto atrás de acerto. Os diálogos ficam mais espertos, as ações mais críveis e menos plásticas e você se sente um terceiro membro dessa dupla, fazendo assim com que lágrimas (tímidas) e risos (altos) venham facilmente. E Sarah Paulson e Mark Duplass dão um show tão gostoso de ver que fica complicado não se encantar. Um ótimo filme que demora pra engrenar mas quando pega no tranco, anda que é uma beleza.
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