Dirigido por Georges Franju
Filmão francês (em resposta ao Hitchcock?) do mesmo ano em que Psicose foi lançado. Como em Psycho, o clima vai sendo construído aos poucos e a trama se desenrola sem pressa, exceto quando chega perto do final que resolvem jogar muitas coisas rápidas para um resolução acelerada demais. Porém a história, a estética e a trilha sonora pontual são os grandes acertos. Apesar de algumas soluções serem "bobas" demais para o público hoje em dia, o filme ainda funciona belíssimamente, principalmente na cena da cirurgia. Temos que levar em consideração que assim como o mundo, o cinema mudou. A inocência nos filmes era muito presente, por isso, se formos julgar personagens e suas ações e reações dessa época com a mentalidade focada nos dias de hoje, nada vai funcionar. A graça tá ai. Nos transportar para aquela época que estamos vendo e (tentar) sentir o clima instaurado. Com alguns filmes (geralmente filmes precários, no pior sentido da palavra) isso é bem difícil. Com outros, não. Eyes Without A Face é um desses casos, ainda bem! Em tempo, não sou super fã de remakes, daqueles feito nas coxas não, mas esse aqui, se pegasse um diretor bom atual, que aparasse algumas pontas soltas e moldasse o filme para a atual década, acho que sairia coisa boa!
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