Dirigido por Drew Pearce
Esse é um filme que tinha tudo pra ser um filmão mas não consegue. Todos os elementos estão ali, bem projetados. Mas na hora de juntar tudo deu nisso. Design de produção: check. Produção de arte: Check. Atores: check. Trilha Sonora: check. Direção: check. Roteiro: Fuen. A direção é cheia de estilo e cuida muito bem do que tem em mãos. Toda a ambientação é incrível. É muito fácil mergulhar naquela proposta e sentir dentro do filme. As atuações convencem, ainda mais com os estereótipos de personagens que são criativos até. A trilha sonora entra em momentos chaves de um jeito muito “pra frentex”. Só que é aquela coisa. Das pernas que fazem um bom filme, a mais difícil de compensar é a do roteiro. Que é o caso aqui. Os diálogos são muito expositivos. Quase todas as falas da protagonista (Jodie Foster) são robóticas e espertinhas demais. Sempre uma gracinha na ponta da língua. Demora pra gente abraçar a personagem. Assim como todos os outros. A primeira parte do filme, de apresentação de lugar, situação e personagens é muito boa. Te faz ficar ansioso para o que vai acontecer em seguida. Ai vem a segunda parte que desenvolve a história. Só que é razo demais, tudo muito bobo, parado, sem vida. E as coisas se resolvem de forma fácil. Dai quando entra na terceira e última parte, o filme toma fôlego e traz boas sequências de ação, que animam. Só que aí quando você percebe, acabou o filme. Tipo, e aí? Dá muito a sensação de oportunidade perdida mesmo. Um filminho sem sal com potencial de ser ótimo. Talvez funcionasse melhor como uma serie de 8 episódios. Precisava ser mais elaborado. Mas ruim ele não é, fato.
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