Dirigido por Dominique Rocher
Fãs dos filmes de zumbi, corram pra ver isso. Um respiro no meio de tanta produção genérica e sem graça que tem saído nos últimos anos, nesse subgênero esquecido. Que filmaço! Ele se inspira nas melhores referências possíveis (28 Days Later, The Last Man on Earth e Night of The Living Dead são algumas) e entrega um material super original. A gente percebe essa criatividade desde pequenos detalhes como o fato do protagonista ao invés de ficar barbudo e cabeludo como normalmente acontece, opta pelo o oposto, e corta o próprio cabelo e faz a barba, até momentos mais inventivos como algumas ilusões e sonhos arrepiantes. O filme também faz menção à um personagem querido para os fãs, o Bub de Day of The Dead. O climão de tensão construído é bom demais e super eficaz. Assim como o tom dramático, que não se perde também. Só acho que poderiam ter dado uma ênfase maior na passagem de tempo, que em poucos momentos fica um pouco solta demais, sem mostrar pro público como ela funcionou. Mas fora isso, o filme atinge tudo que quer atingir com proeza. Tem uma cena mais para o final, envolvendo os zumbis no meio da fumaça, que cheguei a suar de tão nervoso. Terror na sua pura essência. Aliás os zumbis aqui são um pouco diferentes, pois não fazem barulho e são mais atraídos pelo som do que pela visão. Como em A Quiet Place, isso dá uma dimensão maior pro suspense. A trilha sonora é excelente também. Não só a parte instrumental como as músicas que tocam ao longo do filme, escolhidas a dedo. O protagonista é um compositor musical, então a música também é incorporada na narrativa com umas cenas excepcionais envolvendo uma bateria e uns batuques que ele cria com objetos pelo apartamento. Enfim, vale muito a pena assistir essa pérolazinha. Um grande achado!
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