Dirigido por Alejandro Fadel
Esse terror slow burn se passa nos arredores das Cordilheiras dos Andes. A história tem zero profundidade e tem uma premissa básica. Um monstro ataca moradores dessa região e um policial passa a investigar o caso.
Nos primeiros 20 minutos um ótimo clima se instaura, tudo no seu tempo. O diretor não tem pressa alguma. Mas as tomadas longas e lentas possuem uma fotografia bastante acurada. Nisso o filme acerta. Até um fato surpreendente e bastante gráfico acontecer e te pegar de surpresa. E é aí que o filme perde sua força até os últimos minutos. Ao invés de pegar fôlego com essa cena brutal, o filme prefere optar por focar na construção de clima. Só que fica construindo eternamente e a resolução que era pra ser tensa e climática continua no mesmo tom. Os diálogos são muito arrastados, é tudo muito devagar. Passa do limite do estilo e caí na monotonia.
Nos últimos 10 minutos o monstro finalmente aparece e nos brinda com uma maquiagem criativa ao extremo. O sorriso no rosto volta a aparecer depois de um longo período de sono. Queremos ficar olhando cada detalhe daquela criatura de tão interessante que é. E ele aparece bastante, em closes e planos gerais. Exploram bem aquela imagem, e não é a toa. Inclusive a última cena em que sobem os créditos é linda pra quem curte o gênero e o sub-gênero "monster movies".
Em resumo, o filme tem uma cena inicial que indica que será uma porrada na cara, daí começa a criar um excelente clima soturno até um ótimo momento. Para aí e depois cai no tédio até os 10 minutos finais. Esses minutos conseguem salvar o filme particularmente, mas duvido que seja assim para qualquer um.
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