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🇫🇷 Revenge (2018) 🌕🌕🌕🌕

Foto do escritor: Bruno SantiagoBruno Santiago

Dirigido por Coralie Fargeat


Revenge é um filmaço de vingança! Pra começar tenho que falar do fato do filme ser dirigido por uma mulher. Só de saber isso faz a gente interpretar algumas opções que ela faz, de forma diferente, caso fosse um homem na direção. O corpo da protagonista, no início sendo mostrado de forma super “sexualizada”, é uma crítica super pertinente. Ainda mais em contraposto com quase todo o ato final com o vilão completamente nu e vulnerável (cena de aplaudir em pé, por sinal. Falo mais no final). Não dá nem pra acreditar que esse é o primeiro filme da francesa Coralie Fargeat, tamanha segurança e assinatura que ela traz pra jogo. O filme mostra o quão a masculinidade pode ser frágil para os machistas de plantão, escancaradamente. E isso em todas as instâncias. O argumento “ah mas também ela pediu né…” é o que faz a roda girar na história. Só uma mulher mesmo com esse tanto de culhão e lugar de fala pra fazer um filme desses. O filme tem umas tomadas que falam sobre a trama sem perder o valor estético intenso. Muito criativo, muito bem montado e editado. Não procure muita lógica em algumas coisas. Talvez até por isso demorei pra entrar totalmente de cabeça. Geralmente, nesse tipo de filme de vingança vemos uma brutalidade super realista no início, e toda a liberdade poética fica pro momento da vingança em si. Aqui não. Rola um estranhamento de como raios essa mulher sobreviveria ao que sobreviveu. Mas é nessa hora que a gente saca qual a proposta do filme. Praticamente dar ao público o que ele quer, o gostinho de vingança. Simples assim! E tudo isso imerso no estilo Tarantino de ser. Gore aqui é vírgula. Exceto por alguns momentos excessivamente lentos, a tensão e violência vem a mil. Pra quem gosta disso, é um prato super ultra cheio. Me lembrou bastante um filme que assisti no Festival do Rio ano passado, Let The Corpses Tan, também francês. Apesar desse segundo ser bem mais “artsy”, a forma como a violência é explorada e alguns estilos de edição trazem essa lembrança. E o que falar sobre um plano sequência maravilhoso perto do final, que acompanha o vilão, já desgastado e neurótico. E tudo que vem depois dessa sequência também. Uma sacada genial que pouca gente teria coragem de ousar, tamanha simplicidade e aparente “bobagem” do conceito da cena. Recomendo de verdade pra quem gosta de sangue pra tudo que é lado da melhor forma “badass” de ser.



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© 2018. Criado por Bruno Santiago.                                                                   "Why are you wearing that stupid man suit?"

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