Dirigido por Gustav Möller
Acho incrível como alguns temas fazem parte da realidade de varios países. Aqui a gente tem um filme dinamarquês que tem como pano de fundo o abuso da força policial. Mais um pra caixinha de filmes que poderiam ser brasileiros.
É um filme simple: plano fechado na cara do ator principal. Fim. É só isso que vemos na tela. O resto é com a nossa imaginação. O design de som tem um papel super forte aqui, pois acompanhamos esse policial numa chamada de emergência tentando ajudar uma mulher que foi sequestrada. Ao invés de ouvirmos a ligação com uma qualidade abafada, coisa comum em qualquer cena do tipo, ele opta por manter apenas a voz dos personagens dessa forma. Todos os barulhos ambientes do local da chamada são altos e claros. Assim cria-se duas situações. O que vemos na tela e o que ouvimos. Estamos em dois lugares ao mesmo tempo. Assim como o policial protagonista se sente. Genial.
A história é muito intensa e intrigante e a cada 15 minutos surge um plot twist diferente. Só que o filme da uns bons respiros entre esses momentos de desenvolvimento da história em si. Entre as cenas das ligações nós vemos o personagem principal apenas esperando, pensando, nervoso, com um peso nas costas e uma vontade de fazer o certo mas sem ter o que fazer a não ser esperar um novo contato da vítima. Parece monótono quando na verdade é tenso!
Um ótimo thriller, diferente de tudo que já vimos antes, ousado e inovador. Pode parecer pouco para alguns, mas é um filme igual a qualquer outro do tipo. Só difere na maneira de contar a história.
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