Dirigido por Johannes Roberts
The Strangers: Prey At Night é a continuação de The Strangers de 2008, que já não era lá grandes coisa. O primeiro opta por um suspense mais lento e sério, mas fica devendo exatamente no que se propõe, pois é extremamente tedioso (na minha opinião, que muitos não concordam). Nessa continuação, como os assassinos já foram apresentados no primeiro filme, não tem muito mais suspense nesse ponto. E eles abusam em suas aparições, o que não é ruim se formos levar em conta que os dois filmes possuem idéias diferentes. Esse é um slasher típico, com muitas homenagens aos anos 80, desde a trilha sonora (quase plagiada de The Fog) até movimentos de câmera muito legais de ser ver, sugando muito dos filmes do mestre John Carpenter. Talvez a homenagem ao rei mais clara é na cena da piscina (melhor cena do filme e talvez a única boa, por completo). A maneira que compuseram a música utilizada, o uso do zoom acelerado, típico da década de 80 e o gore generoso foi de arrancar sorrisos, para quem é fã. Pena que parou por ai. Todo o resto do filme é bobo, chato e inverosímil. Os atores são fracos, o que gera mais raiva ainda quando tentam se levar a sério. Não entendo a tentativa de humanizar demais as vítimas e tentar dar uma embazamento maior nos seus dramas particulares quando claramente esse é um slasher e o público só quer ver a galera morrendo de maneira criativa. E nem isso o filme entrega. Todas as mortes são sem graça e zero interessantes. E as inúmeras situações forçadíssimas para o andamento da história irritam bastante. Os vilões se teletransportam o tempo inteiro e sabe-se lá como eles adivinham exatamente onde as vítimas vão estar. Nos filmes do Jason por exemplo, ele caminhava enquanto as vítimas corriam. Mas a gente acompanhava os passos dele também. Aqui não. Os assassinos simplesmente brotam nos lugares mais aleatórios da vida. As atitudes completamente idiotas dos protagonistas também só provam o quanto de “lazy writing” teve nesse filme. Com exceção da cena que mencionei antes, o filme parece completamente perdido e sem experiência nem estudo nenhum sobre o gênero, somente em estética. No final as coisas engrenam de leve porque o filme entende a si próprio, mas ai já é tarde demais. Mais uma homenagem oitentista meio furada. É legal ressaltar as referências à alguns clássicos como O Massacre da Serra Elétrica e Pânico, mesmo que bem bobinhas.
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