Dirigido por Andrea Arnold
Que filmãozão! Talvez um dos melhores nessa "pós-vibe" Larry Clark (de Kids e Ken Park). Só é um pouco menos cru. O filme é longo (2h43). Então só pra quem tem paciência de acompanhar quase única e exclusivamente o comportamento humano, sem grandes acontecimentos ou qualquer tipo de plot twist. É mais um recorte na vida de uma menina e o dia-a-dia dessa nova vida que ela escolheu. O filme é recheado de personagens, mas não tem pretensão nenhuma em aprofundá-los a não ser os reais protagonistas. Acho que essa foi a cerejinha do bolo pra mim. O fato de ter muita gente na tela, sempre, preenche o filme de uma maneira muito fluida e gostosa de assistir, nunca caindo na monotonia. Aliás, todos esses personagens, mesmo que possuam uma camada só, são muito divertidos. Já a protagonista é um personagem ULTRA complexo, com muito a dizer. Uma relação de amor e ódio (mais raiva mesmo) que sentimos na jornada dela. A direção segue essa onda documental, sem grandes inovações ou pretensões, mas acerta em cheio na forma sensível em que capta todas as emoções vividas pela protagonista. Tem cenas que realmente emocionam sem apelar pelo melodrama e/ou para um festival de lágrimas. Aliás, descobri depois que Andrea Arnold também dirige Big Little Lies (em dupla com o Jean-Marc Vallée, muso). Então já são dois trabalhos dela que amo. Ansioso pra conhecer mais!
PS: Uso perfeito de trilha sonora se relacionando com as cenas. Dois momentos específicos que são muito emocionantes!
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