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🇮🇹 Call Me By Your Name (2017) 🌕🌕🌕🌕🌕

Foto do escritor: Bruno SantiagoBruno Santiago

Atualizado: 28 de nov. de 2018



Dirigido por Luca Guadagnino


Hoje, meu filme preferido. Nunca nenhum filme me tocou tanto. Não muito por causa de identificação (a minha realidade nesse período foi bem diferente), mas pela forma quase utópica que o filme trata do tema. Não consigo deixar de pensar: que lindo seria.

Quando assisto a Call Me By Your Name, me imagino em um mundo onde aquilo seria realidade, onde aquilo tudo fosse uma simples história de amor, e não uma luta absurda contra preconceitos da sociedade e, pior, dentro da sua própria família, como comumente vemos nos filmes do gênero. A idéia aqui é um escapismo necessário para servir de exemplo. Acho até que o público alvo deveria ser o público hétero. Todos os pais e futuros pais. Todos os bolsominions (os menos raivosos pelo menos). Assim talvez entendessem o que de fato é a paixão e o amor. Que lindo seria.

Os pais do personagem principal, Elio, são o exemplo máximo desse "mundo das maravilhas". Eles dão uma aula de empatia, compaixão e tolerância. Ainda que o filme reconheça que é uma realidade isolada, o filme serve como um respiro para toda a comunidade LGBTI+, e um momento de "transe consciente" cheia de esperança (ainda que durem apenas 2 horas e 12 min). Literalmente um sonho. E talvez por isso foi o filme que mais me emocionou e me fez não conseguir segurar as lágrimas durante sua meia hora final, em todas as 3 vezes que assisti no cinema. Que lindo seria.

Um filme quase irreal porém tão pessoal para muitos. Sortudos são os Elios da vida que vivem nessa bolha de mil possibilidades. A nós cabe lutar, cada um da sua forma, contra a tentativa de retrocesso no que diz respeito a um direito que deveria ser tão básico e obrigatório.  Que lindo seria.

Deixando a militância (pertinente em momentos tão obscuros em que vivemos) e a mensagem do filme de lado, é um filmaço tecnicamente. Direção sensível, serena, paciente e sem pressa. Cada frame é uma pintura diferente. Se tivesse menos meia hora (como já vi pessoas defenderem) o filme perderia metade da sua força. Não sentiríamos toda aquela emoção no último ato. Não estaríamos tão apegados aos persongens. Com essa "lentidão" passamos a conhecer profundamente cada um deles. A trilha sonora em total sintonia com cada ação e cada sentimento que os personagens fazem e sentem. Quando você se dá conta disso, de que nada daquele conjunto de técnicas é em vão, o filme deixa de ser sublimemente emotivo e passa a ser a perfeição em forma de arte. Talvez a melhor representação de arte e cinema, de substância e matéria, de técnica e conteúdo, que eu já tenha visto.

Eu AMO o fato de que AMO cinema quando vejo um filme desses.

Que lindo seria. 



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1件のコメント


Lucas Damasceno
Lucas Damasceno
2018年12月20日

INCRÍVEL ❤

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