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🇺🇸 Compliance (2012) 🌕🌕🌕🌕

Foto do escritor: Bruno SantiagoBruno Santiago

Dirigido por Craig Zobel


Esse é um filme que as pessoas precisam conhecer. Tenho a impressão de que não foi muito divulgado na época, pelo menos no Brasil. É um filme super intenso que me causou uma ansiedade e uma raiva que eu nunca tinha sentido antes assistindo a nenhum filme. Ficamos com raiva de praticamente todos os personagens. Nem a vítima principal conseguimos sentir muita compaixão, tamanha a “burrice”. Mas a cada passo que o roteiro dá e vai piorando gradativamente a história, mais agoniado você fica. Cheguei ao ponto de pensar em parar de assistir em determinado momento. Mas engraçado que eu esqueci que o filme era baseado em fatos reais, então eu estava com mais raiva da falta de veracidade do conceito do filme do que da história e fato. Já estava pronto pra esculachar o filme quando me lembrei que aquilo tudo tinha de fato acontecido. E não só uma, mas 70 VEZES mais ou menos nos EUA (de acordo com os dados que depois busquei e são verdadeiros). Daí revi todo o filme na minha cabeça e entendi que o ódio foi de todos os envolvidos mesmo, da situação em si. A direção é impecável na construção dessa tensão e desse desconforto. A maneira que vai mostrando as decisões e indecisões da galera é brutal. O elenco é ótimo com destaque pra Ann Dowd, que mostra direitinho as diversas camadas da personagem. Ela vai de inocência e bondade, passa por uma relutância e incômodo real com o que é proposto, depois começa a sentir a síndrome do pequeno poder e chega num auge de conflito pessoal e ciúmes, tudo muito fluído. A trilha sonora funciona muito bem também nos momentos em que toma corpo. Recomendo assistirem o video no youtube (link abaixo) da entrevista para ABC dos envolvidos nesse escândalo na época. Assim, quem ficou na dúvida se o filme é uma forçação de barra (como eu fiquei por um tempo) vai entender que TODOS OS DETALHES ACONTECERAM DO JEITINHO QUE ACONTECERAM! É realmente chocante. A mensagem que o filme passa refletindo o medo que sentimos frente às autoridades, quando essas na verdade deveriam nos proporcionar conforto e segurança. É meio assim que me sinto toda vez que um carro de polícia passa do meu lado, mesmo que eu esteja 100% correto. Aquela máxima de “quem não deve não teme” não é inteiramente verdade quando temos abuso de poder de sobra por ai. Um filme desesperador.



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