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🇺🇸 Destroyer (2018) 🌕🌕🌕🌕🌗

Foto do escritor: Bruno SantiagoBruno Santiago

Dirigido por Karyn Kusama


Karyn Kusama did it again. Para quem já viu The Invitation na Netflix sabe do que essa diretora é capaz. Se juntar com Nicole Kidman então, não tem pra ninguém.

Um thriller daqueles de te deixar na ponta da cadeira. A direção de Kusama é muito cuidadosa com a personagem de Kidman, e vice versa. Enxergamos muito respeito de uma pelo trabalho da outra. O maior dom da diretora é em criar as cenas que antecedem o clímax (aqui mais de um). Esses momentos são bagunçados propositalmente e fazem a gente não piscar, o que torna mais real ainda. Nada sai como planejado. E isso é sempre maravilhoso em cenas de ação. Mas são os minutos que vem antes onde ela realmente brilha. Sentimos frio na barriga e as palmas da mão chegam a suar. A ansiedade grita, e o mais legal, junto com os personagens. Assim como o momento final explosivo de The Invitation, a gente sente as mesmas sensações. 

Além da direção deliciosamente organizada, a gente tem Nicole Kidman em um dos papéis mais diferentes da sua carreira. Não espere a bonequinha sofrida. Aqui temos uma mulher forte e completamente quebrada. Cheia de camadas. Ela consegue transmitir todo o peso do seu passado (título do filme em português) ao longo da jornada que acompanhamos. Claro que a maquiagem destruída e pesada que ela recebeu ajuda muito. Mas o olhar, a entonação, o jeito de se mexer e a linguagem corporal que entregam o produto final. Sinceramente, se ela for esquecida no Oscar ou perder para Lady Gaga, eu não acredito mais em prêmio nenhum. Não existe nem briga nesse caso. É injusto colocá-las no mesmo patamar. 

O roteiro é bastante intrigante e nos faz questionar tudo o tempo todo. Os twists no final são um exemplo de como fazer um roteiro redondo e fácil de engolir e ainda assim com uma virada inesperada, ainda que não original. Já vimos isso antes, mas funciona, e funcionou MUITO bem aqui.

A diretora pesa um pouco a mão nos momentos finais com planos contemplativos demais, muita câmera lenta e um diálogo um pouco over na “melodramaticidade”. Esteticamente é lindo, só um pouco desnecessário. Mas isso é facilmente perdoável quando todo o resto da composição é um pequeno desbunde visual. Ainda mais com a cerejinha do bolo que é a trilha sonora ao longo do filme, com destaque para a melodia quase épica acompanhando o final um pouco fora dos trilhos. 

Para mim, um filmão sim. 




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