Dirigido por Sebastián Lelio
O diretor do excepcional vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro desse ano, Uma Mulher Fantástica, volta aqui e entrega uma história igualmente forte e emocionante. O filme começa devagar e vai preparando o terreno para o tanto de emoções que vão surgindo na tela, tanto em relação à personagem da Rachel Weisz quanto da Rachel McAdams. Aliás, a complexidade dessa segunda personagem é surreal. Quando você acha que ela segue um tipo de estereótipo nesse tipo de história, o roteiro te dá uma rasteira e te pega de surpresa com algumas atitudes dela. Pra mim, ela é o grande centro do filme, apesar de ser a coadjuvante. Todo o elenco está muito bem. Os três principais demonstram as dores de seus personagens de forma muito real. O roteiro ajuda bastante nisso por ser escrito de maneira muito intimista. E isso vai de encontro com muita harmonia com a direção. As cenas são fechadas, pequenas, silenciosas. Os diálogos, em sua maioria são quase sussurrados. Os personagens são bastante contidos, não demonstram suas emoções. É tudo muito velado, conversando diretamente com o ambiente extremamente religioso e ortodoxo daquele local. Enfim, um filme que se entende 100%. O final é tenso e logo depois te entrega cenas sinceras e comoventes. O personagem do Alessandro Nivola entrega um “monologuinho” lindão no final. Obviamente, chorei. Zero novidade nesse quesito. A trilha sonora também está sempre presente no fundo, reforçando a grande “torta de climão” que paira no ar o tempo todo. E a música do The Cure, Lovesong, tem uma letra que diz muito (quase tudo), que as duas personagens centrais querem dizer uma para a outra, no momento exato. Excelente escolha! Assim como ele optou por botar You Make Me Feel Like (A Natural Woman) da Aretha Franklin em Uma Mulher Fantástica. Amei Desobediência! Está nos cinemas. E acho que deveria ter sido lançado mais tarde para uma possível concorrência ao Oscar. Achei desse calibre.
Ainda não aceitei essa esnobada que o Oscar deu nesse filme
Sim sim sim!!!!
Rachel McAdams roubou muito a cena nesse filme, nossa como eu amei