Dirigido por Gus Van Sant
Sou fã do trabalho do Gus Van Sant. Gosto até dos filmes menos aclamados. Então era de se esperar que fosse adorar esse aqui. Ao que tudo indica, a grande maioria acha esse filme sem graça.
Além da montagem super “divertidinha” e de algumas cafonices que surgem uma vez ou outra, o filme tem como destaque as atuações de Joaquim Phoenix e Jonah Hill. Os dois estão excelentes. Phoenix nos da uma atuação realista ao extremo. Parece estar 100% a vontade no papel. Com breves reações as coisas mais banais quando, por exemplo, ele esbarra numa cadeira e esboça uma reação com o rosto. São poucos os casos em que vi tamanho conforto em um papel assim. Jonah Hill faz algo totalmente inesperado que poderia facilmente cair no caricato. Um hippie gay rico que comanda um grupo de AA. Deve ter sido uma delicia construir o personagem! E ele nos brinda ainda com o momento mais emocionante do filme. Jack Black também merece destaque. Não tem jeito, eu amo esse cara. O acho hilário, sempre. Em Don’t Worry, He Won’t Get Far On Foot ele faz basicamente duas participações. Na primeira mostra todo seu lado cômico e na segunda ele entrega a segunda cena mais emocionante do filme. Belíssima surpresa. Quero mais Jack Black fazendo drama!
Como era de se esperar do diretor, o filme é completamente manipulador na emoção. Isso faz perder um pouco a força. Existem muitos diálogos expositivos que poderiam ter sido sentidos ao invés de ditos. O que é óbvio não precisa ser dito né?
Uma história real, de um homem inspirador, com ótimas mensagens de superação, divertidíssimo, arranca ótimas risadas e ainda emociona em momentos ternos. Falta algo nessa confusão toda, mas ainda assim é ótimo.
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