top of page

🇺🇸 Love, Simon (2018) 🌕🌕🌕🌕

Foto do escritor: Bruno SantiagoBruno Santiago

Dirigido por Greg Berlanti


Um pouquinho atrasado com esse aqui, mas ele chegou atrasado na minha vida então estamos quites. Eu queria TANTO que esse filme tivesse sido feito quando eu ainda estava no colégio. Mas ainda assim fico grato de que chegou a hora desse tipo de representatividade. Love, Simon segue bem os moldes teenage/coming of age/highschool movie. Nada o difere dos milhões de filmes dentro desse “subgênero”. Toda a estética “comercial de margarina” tá presente. E junto vem os defeitos. É tudo muito limpo, muito otimista, muito certinho, muito orquestrado. Acho que o que torna alguns desses filmes realmente bons são quando as motivações principais e os personagens são bem escritos e realmente cativam. Esse é um dos dois fatores que torna esse filme bom. Todos os personagens tem o seu momento de desenvolvimento presente, todos te cativam, de uma forma ou de outra. Destaque para os dois professores que são simplesmente perfeitos e hilários. Todos os amigos do Simon tem um propósito na história. Os pais e a irmã de Simon são pessoas incríveis, ainda que não perfeitas, principalmente o pai. Já o segundo ponto que torna o filme realmente especial é a trama, o foco. Nós sempre assistimos, nesse tipo de filme, a história de alguma menina adolescente sofrendo algum tipo de questão comum em suas vidas, uma mistura de comédia com drama. Quando o protagonista é um menino, o filme puxa mais pro lado da comédia escrachada mesmo. Mas nunca, seguindo esse molde americanizado hollywoodiano, nós acompanhamos a história de um menino gay enrustido. Como ele sofre com essas questões? Toda a pressão posta/imposta sobre ele, dos amigos, do colégio, dos pais, de si próprio. O filme fala de tudo isso e ainda mostra um romance extremamente crível com um suspense que segura as pontas até à sua resolução. Já era hora de eu e milhões de meninos por aí, que passaram pelo mesmo nessa época, sermos lembrados no cinema. Um filme extremamente fofo, sensível, honesto e, principalmente NECESSÁRIO, não só para todos os Simons da vida, mas para os pais, os amigos e os colegas. Muito legal ver que o mundo tá realmente mudando, apesar de tudo. A realidade do filme fica comprometida com a mensagem de que, ficar dentro do armário nunca é a melhor opção. As reações, no “mundo real” podem não ser tão perfeitinhas e plásticas como esse filme mostra. Infelizmente não são todos os pais e amigos que são tão bem esclarecidos como os do filme. Mas esse não é o filme que vai trazer as realidades tristes de se assumir gay. Esse é outro filme. Assim como existem pencas e pencas de filmes heteros que mostram as mesmas questões de formas diferentes. Foi até bem difícil de enxergar os inúmeros defeitos do filme, pois estava tão dentro da história, tão apegado aquele mundinho, que me esqueci que estava no cinema. Acho que funciona assim pra todo mundo que já passou e ainda passa por tudo que o Simon passou.

Ps: o final na roda gigante segue muito a vibe do final de Nunca Fui Beijada (filme muito presente na minha infância), com a Drew Barrymore esperando o seu pretendente no estádio. O suspense e a emoção tomaram conta de mim da mesma maneira, nos dois filmes. Quem disse que filminho sessão da tarde não pode ser realmente bom? Eu hein!



5 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page