Dirigido por Gary Ross
A comparação com Onze Homens e Um Segredo é injusta. O que esse filme tinha a seu favor era o elenco todo feminino, em tempos como esses. Não podia ser melhor. E que elenco. Atrizes de peso com algumas outras mais desconhecidas, igualmente competentes e a Rihanna. O filme tá lá, bonitinho, redondinho, cumprindo o requisito. Mas é só isso mesmo. A história é super lugar comum para filmes de “roubo”. Não traz nada novo e muito menos podemos dizer que a execução é “excepcional dentro do comum”, porque não é. Nenhuma atriz faz nada demais aqui, acho que foi um elenco cheio de talento desperdiçado. São mais do mesmo e daqui alguns meses nem vamos mais lembrar de nenhuma personagem. Mentira, Anne Hathaway tem um certo brilho nesse filme. Não pra sua carreira mas dentro desse universo ela realmente se destaca das outras. Foi a que pareceu mais investida na empreitada. E acho que o que interferiu muito nisso foi a direção que as personagens seguem. São todas estereotipadas demais, mesmo que sejam tipos “"diferentes”“ e cumprem o papel óbvio que deveriam cumprir. Estranho porque o roteiro é escrito por uma mulher. Talvez se a direção também fosse feminina nós recebêssemos uma visão mais precisa da feminilidade proposta inicialmente. E claro, a parte em que o roubo acontece é o ponto que poderíamos usar de comparação ao "original” e nesse caso ela perde muito. O original possuía um senso de urgência e tensão. Em diversos momentos coisas não acontecem como o esperado, gerando mudanças de planos e improvisações. Aqui é tudo muito limpinho, certinho e quando você vê, já acabou. E o público fica com cara de tacho. Filme que poderia vir pra virar as coisas de cabeça pra baixo mas que no fim das contas só atualizou o elenco e trouxe uma breve discussão pra mesa. Mais legal seria se essa discussão tivesse provado o seu ponto.
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