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🇺🇸 Upgrade (2018) 🌕🌕🌕🌕

Foto do escritor: Bruno SantiagoBruno Santiago

Dirigido por Leigh Whannell


Em um futuro hightech não muito distante, um homem que não é muito chegado em tecnologia passa por uma reviravolta e se vê refém do que mais detesta. Falo bem por alto para não estragar a diversão.


Esse filme segue bastante a linha anos 90 de se fazer ação. É uma história simples de vingança com cenas que remetem tanto a Blade Runner, pelo seu valor de design de produção quanto aos filmes de Charles Bronson. Junta nessa salada a cafonice de filmes B dessa década com o gore exagerado de Leigh Whannell, roteirista (e um dos protagonistas) de Jogos Mortais e Insidious. Tem como sair algo ruim disso? Eu digo que não!


Logan Marshall-Green prova aqui mais uma vez que é um ator super versátil e muito inspirado. Lembra demais o papel de Tom Hardy esse ano em Venom, não só pelo fator físico (o cara é a cópia de Hardy), mas pela fisicalidade que ele desenvolve pro personagem. Ambos possuem algo dentro de si que os controla. E a maneira cômica, as vezes, que ele encara essa "incorporação" é muito mais elaborada e completa do que o primeiro. Ele vem montando um ótimo currículo.


A direção do filme ajuda muito por entra em total sintonia com seu ator/personagem principal. A forma como a câmera se mexe acompanhando os movimentos dos atores nas cenas de "porradaria" é, além de criativa, bastante eficaz e conversa diretamente com a proposta do filme. Movimentos duros e robóticos que ajudam na imersão do momento. A coreografia das lutas empolga e a forma como são filmadas, sem cortes e com esses movimentos secos, deixa tudo mais interessante. No mínimo diverte. Mas vejo uma originalidade incrível nesse aspecto e talvez seja a marca registrada de Upgrade. Assim como as mortes que são excessivamente sangrentas, e o melhor, tudo com maquiagem e efeitos práticos. 100% livre de CGI. Graças à Whannell! São os dois pontos positivos que se destacam.


O roteiro apesar de simples, entrega uma virada no final bem a lá Jogos Mortais, com direito à rápidos flashbacks para (re)montar esse quebra-cabeça. Até que surpreende mas dentro do contexto não é nada para explodir a nossa cabeça. É só um gostinho a mais que ele acrescenta. O personagem do vilão também é muito bem desenvolvido e interpretado pelo ator Harrison Gilbertson.


Uma deliciosa farofa saudosista que se destaca em meio a grandes produções vendidas de ação que nada trazem de novo para a mesa. A grande Hollywood precisa de novas referências na hora de chamar The Rock para protagonizar seu próximo blockbuster de verão. Upgrade, atualmente, deveria ser a principal delas.


Por mais diretores criativos com as câmeras em "mãos".



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