Dirigido por Yann Demange
Não tem muito o que falar sobre esse. O que não é algo muito positivo. Nem negativo. É um filme que entretem mas também é esquecível. História bem simples, contada de maneira bem simples, com um final bem simples. Tudo nos conformes.
Mostra a história real desse menino que com 15 anos dominou a máfia local de Detroit e se tornou informante do FBI nos anos 80. O roteiro é redondo, sem grandes furos nem grandes acertos. Falta um pouco de precisão para contar esse caso e tentam romantizar muito o protagonista. Não conheço a história real mas acho difícil ter sido tão aprazível assim. No final do filme ficamos com raiva da polícia e torcendo pelo menino. Isso não necessariamente é ruim, tendo em vista que um menino de 14/15 anos foi de fato usado pelo FBI e depois punido. Causa um desconforto se a história real é exatamente assim. Mas ainda assim soa como algo estranho no mínimo.
As atuações estão super competentes, mas o destaque maior ficou para a menina que faz a irmã dele, viciada em crack. Ela arrasa. O resto do elenco só faz o que é exigido. Assim como a trilha sonora e todo o design de produção. Tudo dentro da casinha.
O final tem uma carga dramática mais pesada e pode conseguir emocionar os mais pacientes, pois bem ou mal, conseguimos entender a psicologia do protagonista e de toda a situação. Mas acho que talvez funcionasse melhor como uma serie de 8 episódios. Teria mais tempo para desenvolver tudo que fica com uma vibe corrida demais.
White Boy Rick melhora conforme o tempo. As duas primeiras partes podem ser tediosas mas o terceiro ato é relativamente forte. O balanço geral é: não fede nem cheira.
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